terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobram imigrantes?

A Crise econômica, que gerou quase 5 milhões de desempregados na Espanha, fez aumentar a xenofobia. Já havia falado disso uma vez no blog, aqui. Pois agora saíram mais alguns números do IBGE local, que afirmam: a população de não espanhóis, em janeiro de 2009, estava em 5,599 milhões, ou 12% da população total do país, de 46,658 milhões.
Esses são dados oficiais, ou seja, de imigrantes "empadronados", registrados nas diversas prefeituras do país. Se considerarmos os "sin papeles", o número deve ser ainda maior. Mas os 12%, por si só, é muita coisa. No Brasil, seria o mesmo que toda a população de Minas Gerais (o segundo estado mais povoado), além de seu apêndice no litoral, o Espírito Santo, fosse de não-brasileiros.
Além de aumentar a xenofobia, o forte crescimento da imigração espanhola foi muito rápido. Aos números: em 1998, onze anos atrás, os estrangeiros eram 637 mil. Essa população cresceu a um ritmo de 778% no período, ou 451 mil pessoas por ano.

Em Madri, 1,043 milhão de pessoas, ou 16,4% da população, é de fora. Na Catalunha os 1,184 milhão de não-espanhóis representam 15,9% da população e nas Ilhas Baleares, sobretudo pelos aposentados alemães, chega a 21,7%, ou 237 mil pessoas.

Com isso, muitas cidades possuem, agora, verdadeiros guetos. O governo local, para evitar a xenofobia cada vez mais forte (como vocês podem ver nestas fotos espalhadas por estes posts, obtidas sempre nas agências bancárias) começou um programa para tentar separar esta população em diversos locais. E, para os espanhóis sensatos, parece que a maior parte da população se esqueceu que, há poucos anos, eles é que eram os imigrantes marginalizados na Inglaterra, França ou Alemanha..

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